Cuidados com a pele
Nove maneiras de prevenir as estrias sem precisar de tratamento
Exercícios, massagens caseiras e dieta protegem a pele desse tipo de lesão
Quem se interessa pelo assunto, normalmente, já mostra marcas vermelhas ou esbranquiçadas na pele. As estrias não avisam que estão chegando, nem dão sinal de que cansaram de surgir e, para a piorar a situação, são difíceis de tratar. "Existem tratamentos capazes de melhorar o aspecto das lesões, mas não as estrias em si", afirma o dermatologista Mario Chaves, da clínica Derma Gávea. "O ideal é investir em hábitos saudáveis, fortalecendo a pele e prevenindo o surgimento de novas cicatrizes."
Pode parecer estranho, mas as estrias são lesões - a pele se rompe quando há um estiramento muito intenso. O problema é muito comum na adolescência se o crescimento acontece rapidamente, e não de forma gradual, ou na gravidez, por causa do ganho de peso. Se você quer evitar o problema, em vez de se preocupar com ele mais tarde, veja as dicas dos especialistas.

e à hipertrofia, esticando demais a pele", afirma o dermatologista Mario Chaves.
Cremes hidratantes
Uma pele hidratada tem mais resistência a rupturas. "Os hidratantes à base de óleo de semente de uva, macadâmia, amêndoas e rosa mosqueta são as melhores opções", diz a dermatologista Cristiane Dal Magro. Duas aplicações por dia, pela manhã e antes de dormir, são suficientes. A região atrás dos joelhos, a barriga e a lateral do quadril são as áreas mais propensas às estrias e merecem cuidados especiais. Durante a gravidez, a aplicação dos hidratantes pode ser feita até três vezes ao dia, mas vale falar com o ginecologista antes de escolher o produto que você pretende usar, evitando riscos ao bebê.
Massagens localizadas
Você mesma pode massagear as áreas mais propensas a sofrer com estrias enquanto aplica o creme hidratante, fazendo uma espécie de drenagem linfática para melhorar a circulação da área. "Aplicar os cremes fazendo uma massagem é importante, porque estimula a absorção dos princípios ativos do produto", diz a dermatologista Cristiane. O ideal é aplicar os cremes e fazer a massagem após o banho, quando os poros estão abertos.
Água
Beber água ajuda a manter o corpo hidratado, incluindo a pele. "A pele é o primeiro órgão que se desidrata, pois está constantemente exposto a agressões como o sol", diz o dermatologista Mario Chaves. Segundo os especialistas, é essencial beber pelo menos dois litros de água por dia para manter a pele sempre hidratada, evitando rupturas no tecido e, consequentemente, as estrias.
Vitamina C
Esse nutriente participa ativamente da produção do colágeno, uma das principais substâncias de sustentação da pele, ajudando a prevenir estrias. O consumo regular de vitamina C também tem efeito calmante sobre a pele. "A vitamina C também ainda age como anti-inflamatório e protege a pele das radiações solares", afirma a nutróloga Daniela Hueb, especialista do Minha Vida. As maiores fontes de vitamina C são laranja, acerola, abacaxi, kiwi e goiaba.
Zinco
O zinco presente nos frutos do mar tem ação cicatrizante para a pele, mantendo-a sempre saudável e prevenindo o estiramento. "Além disso, o mineral tem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes que atuam em favor da pele evitando infecções e irritações", diz a esteticista Paula Vaz, do Spa Sorocaba. Castanha-do-Pará e gérmen de trigo são fontes de zinco.
Vitamina B5
"Esse nutriente promove a renovação celular, deixando a pele firme e saudável", afirma a nutróloga Daniela. Carne de boi, ovos e derivados do leite são as maiores fontes deste nutriente e devem fazer parte da dieta de quem busca prevenir as estrias. Brócolis, batata doce, abacate e lentilha são opções para quem é vegetariano.
Vitamina E
De acordo com Daniela Hueb, a vitamina E irá garantir a formação de colágeno, bem como manter a estrutura da elastina da pele. "Esse nutriente preserva a elasticidade da pele e previne danos na estrutura de colágeno e elastina, evitando as temidas marcas de estiramento", diz. Avelã, amêndoas, gérmen de trigo e óleos vegetais são boas fontes desse nutriente.
Silício
Aveia, milho, arroz, algas marinhas e frutos do mar são fontes desse nutriente. "O silício regenera as fibras de colágeno e elastina, evitando a perda da elasticidade da pele", afirma a esteticista Paula. Além disso, o nutriente protege o colágeno já existente contra os radicais livres, ação que também previne estrias.
Escolha um bom protetor solar e deixe sua pele protegida neste verão
Produto deve obedecer a quatro pré-requisitos para ser considerado eficaz
É muito provável que ao comprar um protetor solar na farmácia para uso próprio ou para sua família você escolha aquele com preço mais atrativo ou embalagem convidativa. O problema é que sem saber você pode estar expondo sua pele e a de seus familiares a substâncias tóxicas ou a um produto ineficaz, que não criará qualquer barreira contra os raios solares.
A partir de um estudo, o Environmental Working Group (EWG) criou um guia de orientação sobre o que deve ser evitado quando o assunto é filtro solar. Confira:
1. Produtos que contenham Oxybenzeno
Segundo o Journal Lancet, os pesquisadores afirmam que não é prudente aplicar oxybenzeno em muitas áreas da pele por repetidas vezes a menos que não se disponha de outra proteção disponível. A preocupação deve ser ainda maior com crianças ainda em desenvolvimento.
Sabe-se que 97% dos americanos estão contaminados com oxybenzeno.
Grande parte dos protetores solares do mercado americano contém oxybenzeno. Tal substância penetra na pele, potencializando reações alérgicas. É um potente químico que causa alterações endócrinas e lesões celulares.
Sabe-se que 97% dos americanos estão contaminados com oxybenzeno e as pesquisas têm aconselhado o não uso em crianças muito vulneráveis a alterações hormonais por produtos químicos.
2. Protetores com vitamina A (retinil palmitato)
A indústria de protetores solares usa a vitamina A em suas formulações, porque ela é um antioxidante que dizem reduzir o envelhecimento de pele. Entretanto, a Food and Drug Administration (FDA) realizou um estudo que mostrou que quando em contato com o sol, protetores com vitamina A podem acelerar a velocidade de lesões, podendo ocasionar um tumores.
Cerca de 60% dos produtos analisados pelo Environmental Working Group (EWG) tinham quantidades inadequadas de proteção UVA.
Tal resultado é reforçado pelos estudos do Programa Nacional de Toxicidade (NPT) que, em uma década de avaliação concluída em Janeiro de 2011, revelou que tanto o retinil palmitato quanto o ácido retinoico aceleram o desenvolvimento de lesões cancerosas e tumores.
Apesar disso, muitas campanhas cosméticas não retiraram esse ingrediente dos protetores solares e de outros produtos de pele e lábios.
3. Proteção UVA inadequada
Cerca de 60% dos produtos analisados pelo Environmental Working Group (EWG) tinham quantidades inadequadas de proteção UVA. Há dois tipos de raios UV provenientes da luz solar e aos quais devemos ficar atentos: o UVB, que estimula a produção de vitamina D, e o UVA, que causa lesões na pele.
Tanto o UVA quanto o UVB podem causar bronzeamento e queimação, apesar de o UVB criar tal efeito mais rapidamente. O UVA, entretanto, penetra na pele mais profundamente que o UVB e pode ser um fator de risco maior em relação ao envelhecimento da pele, ao aparecimento de rugas e o desenvolvimento de um câncer de pele.
Como o UVA é mais lesivo e mais persistente durante todo o dia, usar um protetor solar que não o protege contra esse raio não trará qualquer benefício e causará agressões à saúde.
4. Fator de Proteção Solar (FPS) muito alto ou forma de spray
Protetores com FPS alto, acima de 50, dão aos usuários a falsa sensação de proteção por período mais longo, encorajando-os a ficar expostos ao sol por muito tempo. Aconselha-se que esse tipo de protetor seja usado como se tivesse fator de proteção solar baixo. Protetores em spray, por sua vez, devem ser evitados pelo fato de liberarem substâncias (partículas) tóxicas no ar que podem ser inaladas.